SIMPÓSIO SOBRE REFORMA AGRÁRIA E QUESTÕES RURAIS

Ocorreu entre os dias 29/6 e 2/7, no Centro Universitário de Araraquara – Uniara, o VII Simpósio sobre Reforma Agrária e Questões Rurais.
Neste ano o evento teve como tema os “30 anos de assentamentos na Nova República: qual agricultura e qual sociedade queremos?”. Dentre as atividades que ocorreram no evento destacam-se a realização de mesas redondas e discussão acerca da realidade agrícola e agrária, apresentação de trabalhos orais abarcando temas relacionados a Políticas públicas, Gênero e Geração no meio rural, Experiências em Agroecologia, Agricultura familiar e Soberania alimentar, Questões ambientais e Desenvolvimento Rural e Educação do Campo, Novas políticas educacionais, dentre outros temas.
Nos diferentes espaços do Simpósio foram discutidos os impasses e perspectivas nos assentamentos rurais desde o início da Nova República, ampliando assim a discussão agrária para a realidade Latino-Americana.
Nessa edição do evento houve também a homenagem ao professor Paulo Yoshio Kageyama (in memoriam) por sua ampla contribuição para a pesquisa, ensino e extensão rural e questão agrária nacional.
A agroecologia tem se mostrado como o caminho para a produção de alimentos saudáveis e valorização do camponês. Todavia, é necessária a elaboração de políticas públicas voltadas a agricultura familiar como instrumento de fortalecimento do campo e, principalmente, de políticas voltadas à Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para auxiliar processos de transição agroecológica e fomentar o estabelecimento de sistemas agroalimentares localizados.
Ademais, a abordagem da conjuntura política atual durante o VII Simpósio evidenciou os impactos do governo de Michel Temer para a agricultura familiar e os entraves existentes para o desenvolvimento das políticas públicas de desenvolvimento rural e reforma agrária, principalmente políticas territoriais e de inclusão socioprodutiva.

Edmilson Lopes

Estudante do 3º ano do Curso de Engenharia Agronômica

UFSCar- campus Lagoa do Sino